Então, queria perguntar pra vocês o que acham dessa (não)“polêmica”, é algo que eu vi em debate acho que a partir do ano passado que era alienígena para mim.
Tentando corroborar um pouco mais a tese de quem se reinvindica “radical”, fui pesquisar no Google Scholar (sim, algo bem simples) qual a ocorrência dos dois termos, e vi que quem se intitulava “Radical” estava muito mais presente nos artigos publicados a partir de Portugal e o termo “Extrema” estava mais vinculado aos artigos vindos do Brasil.
Eu não sei de onde nasceu a crítica de que “somos esquerda radical, não extrema-esquerda”, mas me parece algo bem novo e sem referencial bibliográfico. Os dois termos no fim significam a mesma coisa,.
Eu resumiria em dizendo que o extremo é raso, no sentido de exagerado de forma superficial. Já o radical é profundo. Não é exagerado, a não ser para quem nao entende a profundidade (não tem consciência), mas sim consciente.
Hannah Arendt
Citar Arendt pra isso é problemático, e caracterizar algo como “mal” é pobre e raso. E o argumento faz parece que não existe direita radical
Aí tem que entender o conceito da maldade dela. O que já leva para uma outra discussão completamente.
Mas em resumo, é não enxergar, ou não reconhecer, a responsabilidade que o indivíduo tem em seus atos perante as demais pessoas, por acreditar que ser um bom cidadão é ser disciplinado a não corromper autoridades, do qual, supostamente, o cuidado das pessoas são delegados.