Então, queria perguntar pra vocês o que acham dessa (não)“polêmica”, é algo que eu vi em debate acho que a partir do ano passado que era alienígena para mim.
Tentando corroborar um pouco mais a tese de quem se reinvindica “radical”, fui pesquisar no Google Scholar (sim, algo bem simples) qual a ocorrência dos dois termos, e vi que quem se intitulava “Radical” estava muito mais presente nos artigos publicados a partir de Portugal e o termo “Extrema” estava mais vinculado aos artigos vindos do Brasil.
Eu não sei de onde nasceu a crítica de que “somos esquerda radical, não extrema-esquerda”, mas me parece algo bem novo e sem referencial bibliográfico. Os dois termos no fim significam a mesma coisa,.
Apesar de não falar em “extrema esquerda”, Lenin apontava a existência de um campo mais à esquerda que ele, que chamava de “esquerdismo” (em inglês, “ultra leftism”). Considerando o sentido de “extremo”, da pra dizer que qualquer um que defenda Lenin não se enxerga como extremo
Um detalhe interessante é que a linha mais forte na América Latina é o Trotskysmo, e o livro de Lenin sobre esquerdismo foi feito pensando em Trotsky (dizem)
Ai que eu truco sabe. Dá uma pesuisada na literatura do que era publicada no Brasil, e você não vê essa distinção, e vê muito mais ocorrências de “extrema esquerda” que “esquerda radical”
eu imagino que seja algo recente
eu achoq ue a diferenciação faz sentido. mas também é interessante pensar em porque isso surge com alguma força agora
Sim, tanto que pro Lenin nesse livro os “equerdistas”/“esquerdismo” seriam os trotskistas/anarquistas (pelo meno a crítica cai bem contra essas correntes), que pra nossa realidade nem faz sentido enquadrar assim.
Mas os ML podem aprofundar mais a questão e explicar melhor, eu não tenho apropriação nenhuma de Lenin.